59 produtores de cupuaçu desenvolvem habilidades para a colheita
Os Piaroas aumentaram a oferta da polpa nos mercados de Puerto Ayacucho e melhoraram o nível de organização nas comunidades vizinhas através de uma cooperação técnica
Melhores práticas produtivas sob um esquema agroecológico permitiu que 59 produtores de cupuaçu desenvolvessem habilidades locais para a colheita, embalagem e armazenamento da polpa da fruta que resultaram em maiores rendimentos, menores perdas no local e aumento da colocação nos mercados através da cooperação técnica "Apoio aos produtores Piaroas de Bareehua (Cupuaçu) Theobroma grandiflorum do Rio Sipapo" no estado Amazonas, na Venezuela.
O projeto começou com 47 produtores e terminou com 59. Gerou 47 empregos diretos e 235 indiretos. Uma das conquistas significativas é o aumento da disponibilidade da polpa e das sementes secas, o que permitiu que os Piaroas estabelecessem 12 pequenas fábricas de processamento de cupuaçu para despolpar a fruta, aumentar a capacidade de armazenamento e a disponibilidade dos produtos no mercado local.
Desde a sua criação em 2012, o programa promoveu o reconhecimento nas comunidades, a liderança dos produtores da região, a aceitação dos consumidores da polpa congelada em embalagens de polietileno e dos grãos torrados para o consumo da indústria de copolateem Puerto Ayacucho.
Aprimorar através de uma avaliação técnica o processo de secagem da semente de cupuaçu e o congelamento da polpa em função dos volumes produzidos, avaliar a necessidade e a viabilidade da transferência das técnicas e tecnologias para a produção decopolateem Puerto Ayacucho, melhorar a vinculação dos produtores com o mercado local, manter um esquema agroecológico e utilizar etiquetas ecológicas que permitam caracterizar o produto e fornecer informações sobre os seus benefícios são alguns dos desafios futuros do projeto.
O cupuaçu é uma árvore frutífera tropical que se encontra distribuída de forma silvestre na bacia amazônica da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. Do seu fruto se obtém a polpa que é industrializada e comercializada. A semente é utilizada para a fabricação de copular e a casca como adubo orgânico.
A iniciativa financiada pelo CAF - banco de desenvolvimento da América Latina - com um valor de USD 172.680 foi executada pela Fundação para o Desenvolvimento das Ciências Físicas, Matemáticas e Naturais (Fudeci) através da Estação Experimental Amazonas (EEE).