O CAF coordenará as discussões sobre finanças para o próximo Fórum Mundial da Água

Durante a 69ª reunião do Conselho de Governadores do Conselho Mundial da Água (CMA), na qual o CAF participou junto com o Banco Mundial, a FAO, a UNESCO, entre outros, foi anunciado o acordo assinado entre o CMA e a UNESCO para trabalhar em projetos comuns que fortaleçam a interface entre a ciência e a política pública em matéria de água. 

Loïc Fauchon, presidente do CMA, propôs áreas temáticas para o Plano de Trabalho, no qual se enquadram os documentos, as conferências e os eventos futuros, como o 9° Fórum Mundial da Água, que será realizado em Dakar, durante a terceira semana de março de 2021. As áreas propostas são: segurança hídrica, mudanças globais, Gestão Integrada de Recursos Hídricos (GIRH) e finanças. A pedido do presidente da CMA, o Conselho de Governadores propôs ao CAF que coordenasse o grupo desta última área temática.

Franz Rojas, coordenador da Agenda da Água do CAF, representando a instituição, agradeceu o voto de confiança do CMA e convidou os outros membros a participarem de um esforço conjunto para abordar esta questão excepcionalmente importante, a fim de permitir o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número seis, que insta os países a "garantir a disponibilidade de água e sua gestão sustentável e saneamento para todos".  

O CMA reúne 376 organizações de todas as regiões do mundo e tem uma Assembleia de Governadores que é eleita a cada três anos. Em novembro passado, foram realizadas as eleições para o período 2019-2022, nas quais o CAF foi a instituição mais votada.

Também, durante os dias 20 e 21, o CAF participou da sessão de início (kick-off) do 9° Fórum Mundial da Agua, em Diamnadio, Senegal. Mais de 600 especialistas participaram deste encontro para discutir a estrutura e o conteúdo do Fórum. Franz Rojas participou das sessões de "Segurança hídrica" e de "Meios e instrumentos", esta última referente aos aspectos centrais da agenda da água: conhecimento, finanças e governança. Durante a sessão plenária, enfatizou a necessidade de considerar os pré-requisitos para um maior investimento, como o planejamento e estudos para o desenho final, bem como os necessários para garantir a sustentabilidade da infraestrutura a ser construída no âmbito dos programas e projetos financiados pela instituição, com uma abordagem holística que assume como base conceitual a gestão integrada dos Recursos Hídricos.

Os representantes do setor acadêmico, os formuladores de políticas públicas, as organizações internacionais, a sociedade civil e o setor privado forneceram, a partir de diversas perspectivas inovadoras, suas experiências e recomendações para a construção do programa do Fórum. A cerimônia de encerramento foi presidida pelo ministro de Água e Saneamento do Quênia, Simon Chelugi, e por seu par senegalês, Serigne Mbaye Thiam, que aproveitou a oportunidade para mobilizar todas as partes interessadas: "o bem-estar das comunidades merece que concentremos nossas melhores energias nesse processo".