A consolidação fiscal é essencial para a recuperação econômica do Panamá e da América Latina

Com o objetivo de analisar a recuperação econômica e social da América Latina e do Panamá, o presidente do CAF -banco de desenvolvimento da América Latina, Luis Carranza, participou da Conferência Anual de Executivos do CADE 2020, este ano sob o lema “Panamá na Encruzilhada”.

O presidente Carranza afirmou que o país da América Central possui uma das economias com as políticas fiscais mais desenvolvidas e sólidas da América Latina, mas que, terminada a crise, os governos deverão considerar mecanismos para consolidar novamente a situação fiscal.

“No caso do Panamá, essa consolidação fiscal não deve punir o investimento público, uma vez que o país é um exemplo para toda a região. O Panamá apostou no desenvolvimento de infraestruturas, o que permitiu liderar o crescimento da região para níveis de países com maior renda per capita, como o Chile”, afirmou Carranza durante o discurso de abertura na CADE 2020.

Acrescentou, ainda, que “no CAF, estamos orgulhosos e felizes por poder participar com o Panamá do esforço de construir uma sociedade mais próspera e inclusiva. O CAF, mais que um banco de desenvolvimento, é um parceiro para o desenvolvimento”.

Estima-se que a economia mundial caia em torno de 4%. Os principais líderes, como Estados Unidos e países europeus, deverão contrair entre 5,5% e 8,2%, enquanto a China terá um ligeiro crescimento de 1,4 %.

Para Mercedes Eleta de Brenes,, presidente da Associação dos Executivos de Empresas (APEDE), o fórum pretende, este ano, gerar propostas do setor empresarial para a recuperação da economia panamenha.

A CADE 2020 será realizada de forma virtual, de 20 a 24 de julho, e abordará os desafios enfrentados pelo Panamá para a reconstrução econômica, com mais de 15 palestrantes nacionais e internacionais.