O Museu das Amazônias abriu suas portas em Belém do Pará como um espaço único que integra ciência, arte e sustentabilidade para projetar a Pan-Amazônia no cenário global. Resultado de uma parceria inédita entre o setor público e privado, a iniciativa contou com apoio técnico e financeiro da CAF – banco de desenvolvimento da América Latina e do Caribe – que participou desde a concepção até a elaboração de um plano museológico de longo prazo.

Localizado no complexo Porto Futuro II, o museu foi inaugurado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo governador Helder Barbalho, junto a representantes da CAF e de outras instituições. Pensado para se tornar uma referência internacional em práticas museológicas inovadoras e inclusivas, busca fortalecer a identidade e a diversidade amazônica, amplificando as vozes e os saberes dos povos que habitam o maior bioma tropical do planeta.

Antes de sua construção, a iniciativa foi guiada por um Plano de Escutas que reuniu visões de comunidades, cientistas, artistas e lideranças locais sobre memória, ancestralidade, espiritualidade, ciência e natureza. Esses aportes deram origem a uma Comissão Curatorial plural, integrada por especialistas como Francy Baniwa, Joice Ferreira e Helena Lima, que orienta o desenho e a programação do museu. Também foi formado um Comitê Executivo participativo, com representantes da CAF, do Governo do Pará, do Ministério da Ciência e do Instituto Cultural Vale, entre outros.

A inauguração foi marcada pela exposição internacional Amazônia, do fotógrafo Sebastião Salgado, apresentada pela primeira vez no norte do Brasil. Com cerca de 200 imagens em preto e branco, a mostra homenageia a floresta, sua biodiversidade e os povos indígenas que a protegem.

Com mais de 3.000 m² de áreas expositivas e espaços multimídia, o museu busca ser muito mais do que um centro cultural: uma plataforma viva de conhecimento e diálogo sobre desenvolvimento sustentável, conservação ambiental e cooperação regional. Sua abertura consolida Belém como uma capital amazônica de projeção global e reafirma o papel central da Amazônia nos caminhos para um futuro mais justo e sustentável para o planeta.