Arequipa mede seu grau de vulnerabilidade à mudança climática

O CAF - banco de desenvolvimento da América Latina - publicou um estudo Vulnerabilidade e Adaptação à Mudança Climática em Arequipa Metropolitana, que mede o índice de vulnerabilidade em 18 distritos, com a finalidade de analisar as principais ameaças e riscos da mudança climática e propor soluções para enfrentá-los.

Segundo o estudo, os principais problemas a serem resolvidos são a capacidade inadequada de resposta diante de chuvas intensas, a escassa disponibilidade de recursos hídricos, a pressão da urbanização sobre o rio Chili e o efeito potencial da “ilha de calor” pela falta de áreas verdes e pela perda da vegetação rasteira.

A publicação deixa claro que a cidade está exposta a uma possível diminuição de disponibilidade de água e ao aumento de eventos climáticos extremos associados a chuvas intensas, tais como os huaycos, fortes torrentes de água que descem das alturas com lama e pedras, arrasando tudo em seu caminho.

“Esse tipo de estudo oferece um conhecimento muito valioso para gerar políticas públicas eficientes que contribuam para reduzir a vulnerabilidade à mudança climática e, com isso, promover o bem-estar da população e o bom desempenho dos setores econômicos”, disse Ligia Castro, diretora de Ambiente e Mudança Climática do CAF.

A publicação também propõe um portfólio de projetos de adaptação para a cidade, priorizando medidas suscetíveis de financiamento de fundos climáticos internacionais. O estudo teve a participação dos principais atores estratégicos envolvidos no planejamento da Arequipa Metropolitana, o que confere maior legitimidade aos resultados obtidos.

Com esse documento, Arequipa passa a estar entre as primeiras cidades da região que já possuem um estudo de vulnerabilidade para saber como responder ao impacto da mudança climática.