CAF apoia projeto para promover o uso de dinheiro eletrônico com educação financeira

O CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- apoiará o Centro de Estudos Financeiros (CEFI) da Associação de Bancos do Peru (ASBANC) para promover o projeto "Promoção do Dinheiro Eletrônico com Educação Financeira", cujo objetivo é contribuir para a inclusão financeira no país.

Este projeto terá duas linhas principais de ação: o desenvolvimento de capacidades financeiras em vendedores de mercados e adegas das áreas de Lima Norte, Piura e Sullana; e a promoção de métodos digitais de pagamento para reduzir o uso de dinheiro nas transações.

Após destacar a relação positiva entre o aumento da inclusão financeira e do desenvolvimento econômico dos países, Eleonora Silva, diretora-representante do CAF no Peru, ressaltou que esta iniciativa contribuirá, em médio prazo, à incorporação ao sistema financeiro formal de pessoas e pequenas empresas que ainda não estão incluídas; além de gerar aprendizados para a divulgação do método entre diversas partes interessadas.

"Através da inclusão, os sistemas financeiros geram maiores possibilidades para melhorar a alocação de recursos para os setores tradicionalmente excluídos e, assim, aumentam o acesso a serviços que aumentam a qualidade de vida da sociedade", disse Silva.

Por sua vez, Oscar Rivera, principal representante do sindicato bancário e presidente do CEFI da ASBANC, destacou o compromisso permanente do setor bancário para incentivar a inclusão financeira no Peru, o qual se materializou com a execução da Plataforma de Dinheiro Eletrônico e o seu produto BIM. A iniciativa visa beneficiar, principalmente, a população rural que vive longe dos centros de desenvolvimento. A finalidade, segundo Rivera, é eliminar as distâncias, proporcionar segurança, reduzir os tempos e os custos das operações com dinheiro para que cada vez mais peruanos possam ter acesso às oportunidades do sistema financeiro.

Rivera também explicou que a carteira eletrônica BIM - modelo único mundo - lançada recentemente pelos bancos associados à ASBANC, em parceria com outras entidades do sistema financeiro e as operadoras de telefonia, é uma poderosa ferramenta através da qual é possível reduzir o uso de dinheiro por meio de telefones celulares e incluir, até 2021, cerca de 5 milhões de peruanos de baixa renda, que poderão fazer transações financeiras com o seu celular, sem a necessidade de ter conta em um banco.

"Por essas razões, este projeto não apenas democratiza as oportunidades no país, como também é uma ferramenta que irá melhorar a qualidade de vida dos peruanos de baixa renda", disse Rivera.