CAF realiza revisão de carteira de projetos do Brasil com SEAID
05 de novembro de 2025
Assinado crédito de 100 milhões de euros para financiar projetos urbanos que contribuam para mitigação e adaptação às mudanças climáticas na Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e República Dominicana
31 de março de 2015
O CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) assinaram uma linha de financiamento no valor de 100 milhões de euros, dirigida ao financiamento de projetos urbanos, tanto para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa como para a adaptação aos impactos das mudanças climáticas em cidades da Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e República Dominicana.
O acordo foi assinado pelo presidente-executivo do CAF, Enrique García, e pela diretora-executiva da AFD, Anne Paugam, como parte da reunião do grupo de direção do Clube de Instituições Financeiras Internacionais de Desenvolvimento (IDFC) e doClimate Finance Forum, organizado pelo IDFC e pela AFD em Paris, França.
Os fundos vão permitir o financiamento de projetos de governos nacionais, regionais, departamentais (estatais) ou municipais nos setores de energia, regeneração urbana, habitação, transporte urbano, água potável e esgoto.
Enrique García destacou a importância do financiamento multilateral perante as mudanças climáticas.
"O CAF desenvolve um papel catalisador ao canalizar recursos de outras regiões para a América Latina para este tipo de iniciativas, porque somos conscientes dos desafios que o desenvolvimento urbano representa com relação ao carbono, assim como a prevenção e mitigação das mudanças climáticas", declarou.
Por sua vez, Anne Paugam ressaltou a importância de que dois bancos de desenvolvimento, como o CAF e a AFD, coordenem sua estratégia de financiamento de projetos de luta contra as mudanças climáticas em uma região como a América Latina, onde as cidades compartilham os mesmos desafios em termos de mitigação e adaptação. Também ressaltou a complementaridade das duas instituições nesta área, graças à experiência da AFD no financiamento de projetos baixos em carbono em diversos países, e do alto nível de conhecimento do CAF sobre a realidade das cidades latino-americanas.
Deve-se recordar que no âmbito da COP20, conferência realizada em dezembro passado na cidade de Lima, o CAF e a AFD assinaram um acordo de cooperação de 500.000 euros a fim de que a instituição multilateral conte com mais recursos para financiar o programa "Cidades e mudanças climáticas", através do qual se proporcionará assistência técnica para a definição de estratégias urbanas climáticas, como a pegada de carbono, a pegada de água e os índices de vulnerabilidade, assim como para a elaboração de planos de ação perante as mudanças climáticas em diversas cidades da região.
Através do crédito e do programa de cooperação técnica se busca mobilizar as cidades e os governos locais da América Latina para fortalecer, com compromissos e projetos concretos, a agenda positiva de soluções no âmbito das negociações climáticas internacionais e da COP21, que se realizará em Paris em dezembro de 2015.
Desafios para a região
A América Latina é a região mais urbanizada do planeta, com quatro das 20 cidades do mundo com mais de 10 milhões de habitantes, e 55 das 414 cidades com mais de um milhão de habitantes. Nestas 55 cidades habitam 183 milhões de pessoas, um terço da população total da América Latina. Segundo o relatório da ONU Habitat de 2012, essa proporção é superior à do grupo de países mais desenvolvidos. Por outro lado, 55% do PIB regional é produzido nas cidades e se espera que 80% do crescimento futuro se origine em centros urbanos.
Em 2013, o CAF lançou sua iniciativa "Cidades com Futuro", que tem como objetivo o desenvolvimento sustentável das cidades. A estratégia propõe diretrizes comuns para as suas intervenções em áreas urbanas, as quais, através de uma visão e uma agenda integral de desenvolvimento, permitam aproveitar as sinergias das diversas iniciativas que a instituição promove nas áreas de gestão pública, segurança pública, transformação produtiva, infraestrutura, desenvolvimento urbano inclusivo, meio ambiente, energia e TIC.
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