CAF investirá US$ 18 bilhões em transporte sustentável na América Latina e no Caribe

Esses recursos promoverão sistemas de transporte mais sustentáveis, eficientes, resilientes, de baixo carbono e centrados nas pessoas.

10 de dezembro de 2025

No marco do lançamento da Década do Transporte Sustentável das Nações Unidas, o CAF – banco de desenvolvimento da América Latina e do Caribe – anunciou um compromisso financeiro histórico de US$ 18 bilhões até 2035 para o setor de transporte na região. Essa aposta ambiciosa, que representa um aumento de 25% em relação à década anterior, pretende acelerar a transformação do setor, orientando-o para a produtividade, a integração regional, a inclusão social e a sustentabilidade ambiental.

O setor de transporte, juntamente com a infraestrutura e os serviços associados, constitui um pilar essencial para o desenvolvimento sustentável e a prosperidade na América Latina e no Caribe. Por isso, a região enfrenta o desafio de fortalecê-lo e de lidar com os temas de descarbonização, resiliência climática, equidade social e transformação digital acelerada, o que requer uma coordenação sem precedentes entre os setores público e privado.

“Com esse investimento histórico, impulsionaremos a transformação do setor de transporte na América Latina, colocando-o à altura das regiões mais avançadas, com altos padrões de sustentabilidade ambiental. O novo compromisso financeiro do CAF reafirma nossa liderança e alinha nosso portfólio com as metas climáticas e de desenvolvimento sustentável da região”, afirmou Sergio Díaz-Granados, presidente executivo do CAF.

O CAF tem sido um aliado estratégico e constante do setor, acumulando, na última década, aprovações de cerca de US$ 14,4 bilhões em projetos de mobilidade urbana, reabilitação viária, acesso rural e conectividade regional.

Os quatro pilares do investimento:

  • Mobilidade urbana sustentável e segura: Promoção do transporte público massivo e de qualidade, eletrificação de frotas, incentivo a modos ativos (caminhada e bicicleta) e melhoria da segurança viária para construir cidades mais habitáveis, equitativas e com menor congestionamento.
  • Logística e conectividade regional de baixo carbono: Modernização de corredores rodoviários, ferroviários, portuários e hidroviários para reduzir custos logísticos, impulsionar o comércio intrarregional e global e promover uma transição modal para opções mais energeticamente eficientes, como o transporte ferroviário.
  • Resiliência climática das infraestruturas: Design e adaptação de infraestruturas de transporte para enfrentar eventos climáticos extremos, incorporando critérios de redução de vulnerabilidade e soluções baseadas na natureza, protegendo assim os investimentos e as populações mais expostas.
  • Digitalização e fortalecimento institucional: Incorporação de tecnologias como inteligência artificial, IoT e sistemas inteligentes de gestão para otimizar operações, melhorar a segurança e aprimorar a experiência do usuário. Além disso, será apoiada a modernização da gestão pública e da governança do setor.
  • Impacto na produtividade, integração e sustentabilidade: Um sistema de transporte moderno e articulado é um motor de competitividade, pois reduz custos logísticos, facilita o acesso a mercados e dinamiza cadeias produtivas, atraindo investimentos e gerando empregos de qualidade. Da mesma forma, é um instrumento fundamental para a coesão social e territorial, já que permite que mais de 80% da população urbana da região – bem como habitantes de áreas rurais e isoladas – acesse serviços básicos como saúde, educação e trabalho, reduzindo assim brechas históricas.

O setor enfrenta o inevitável desafio da sustentabilidade ambiental. Na América Latina e no Caribe, o transporte gera cerca de 31% das emissões de CO₂ do setor de energia. A transição verde exige ações decididas para reduzir emissões, promover energias limpas, modernizar frotas e planejar o transporte de maneira integrada ao território, preservando os ecossistemas.

 

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