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Uma das certezas que emergem da COP26, realizada em Glasgow, é a necessidade de criar novos instrumentos financeiros que permitam levantar capital suficiente para impulsionar a ação climática e evitar que a temperatura do planeta continue a subir.
De todas as propostas, o mercado de carbono parece a mais promissora, especialmente para regiões em desenvolvimento, como a América Latina. Esses mercados consistem em países que transferem as reduções de emissões de forma voluntária ou obrigatória entre eles. Embora ainda não regulamentado, o acordo entre os países na COP26 será essencial para que os mecanismos necessários para seu funcionamento comecem a ser acionados.
“A América Latina pode desempenhar um papel fundamental nos mercados de carbono, especialmente devido à sua capacidade de fornecer projetos verdes e soluções baseadas na natureza. No entanto, para aproveitar todo esse potencial, será fundamental contar com infraestruturas que permitam uma articulação eficiente”, afirma o vice-presidente para o Setor Privado do CAF, Jorge Arbache.
Segundo Arbache, os mercados de carbono serão muito mais atrativos e cumprirão seu papel quanto maior a qualidade dos projetos e a credibilidade dos créditos, o que exigirá sistemas de monitoramento, controle, coleta e compilação de dados, bem como uma infraestrutura para sua operação. Isso inclui capacidades e capital humano, bem como serviços, necessários para o funcionamento da cadeia de valor. Em outras palavras, será necessário infraestrutura cara e complexa, tangível e intangível, para que o mercado funcione e, de fato, atraia vendedores e compradores.
Os países desenvolvidos comprometeram-se, há mais de uma década, em alocar USD 100 bilhões por ano para o financiamento de projetos verdes. Desse valor, apenas cerca de USD 80 bilhões foram mobilizados, em um sinal de que novos compromissos e sistemas de investimento mais atraentes são necessários. Nesse sentido, as agências multilaterais estão em boa posição para atrair crédito privado e garantir que aportes continuem chegando.
A criação de um mercado de carbono na América Latina e no Caribe gera novos instrumentos atrativos pelo fato de proporcionar ganhos de escala, reduzir custos e atrair massa crítica, fatores determinantes para o funcionamento do mercado.
“O mercado de carbono continuará se desenvolvendo, independentemente do que for decidido na COP26 de Glasgow, pois os mercados já estão avançando e antecipando que a aprovação de um acordo geral é inevitável, seja agora ou posteriormente, o que acelerará a formação desses mercados”, diz o vice-presidente para Setor Privado do CAF, Jorge Arbache.
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