
Começa a 5ª Capacitação em Engenharia de Segurança Viária
02 de outubro de 2025
Resultado de uma parceria inédita entre setor público e privado, o Museu das Amazônias abre em Belém com exposições de impacto internacional e vocação para integrar ciência, cultura e sustentabilidade.
03 de outubro de 2025
Foi inaugurado hoje o Museu das Amazônias, um espaço cultural e científico dedicado a valorizar a diversidade, a ciência e a tecnologia do bioma. Localizado no Porto Futuro II, o museu foi aberto oficialmente pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pelo governador do Pará, Helder Barbalho, e por autoridades nacionais e locais. O CAF – banco de desenvolvimento da América Latina e do Caribe – que apoiou técnica e financeiramente a iniciativa, esteve representado por Christian Asinelli, vice-presidente corporativo de Planejamento Estratégico, Alícia Montalvo, gerente de Ação Climática e Biodiversidade, e pelo executivo-sênior Pablo Gentili.
O Museu das Amazônias é um exemplo bem-sucedido de parceria entre o poder público e a iniciativa privada, resultado da articulação de governos, instituições financeiras, empresas e sociedade civil para criar um espaço que reflete a pluralidade da região e projeta a Pan-Amazônia no cenário global.
Projetado para ser uma referência internacional em práticas museológicas inovadoras, inclusivas e conectadas aos territórios, o Museu das Amazônias nasce com a missão de fortalecer a identidade e a diversidade da região, reverberando a pluralidade de vozes e saberes que compõem o maior bioma tropical do planeta.
Para Alícia Montalvo, o papel do CAF foi além do financiamento: “Nossa presença foi fundamental para apoiar desde os processos de consulta até a elaboração de um plano museológico robusto e de longo prazo, em sintonia com a complexidade das Amazônias, que se estendem por nove países. Trata-se de um espaço que traduz esse caráter regional em conhecimento, integração e futuro.”
Antes mesmo de sua construção física, o museu foi enraizado em um amplo Plano de Escutas, reunindo diferentes perspectivas da Pan-Amazônia. Esses diálogos abordaram memória, ancestralidade, espiritualidade, ciência, natureza e futuro, formando a base viva da instituição. A metodologia resultou na criação de uma Comissão Curatorial e orienta até hoje a concepção de um espaço que valoriza e comunica a diversidade sociobiocultural da região.
Outro marco de governança foi a formação do Comitê Executivo, instância participativa que acompanha a implementação e o funcionamento do museu, assegurando que cada decisão esteja alinhada com a pluralidade que o inspira. O comitê reúne representantes do CAF, da Secretaria de Cultura do Pará, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Instituto Cultural Vale (ICV), do BNDES, do idg e do Museu Paraense Emílio Goeldi.
A inauguração, no dia 4 de outubro, será marcada por duas exposições de grande relevância. No térreo, o público poderá visitar a mostra internacional “Amazônia”, do fotógrafo Sebastião Salgado, apresentada pela primeira vez no Norte do Brasil. São cerca de 200 fotografias em preto e branco, fruto de sete anos de expedições pela região, que convidam à reflexão sobre a importância da preservação da floresta e da valorização das comunidades indígenas que a habitam, revelando a beleza e a fragilidade do ecossistema amazônico.
Com área de 3.000 m², o Museu das Amazônias dispõe de espaços expositivos e salas multiuso equipadas com recursos multimídia e capacidade para 130 pessoas. Cada ambiente foi concebido para integrar ciência, arte e tecnologia, estimulando a reflexão sobre os povos e territórios amazônidas.
Mais do que um espaço expositivo, o Museu das Amazônias nasce como um projeto integrador, que congrega ciência, cultura, pesquisa, extensão, educação e sustentabilidade. Ao reunir diferentes campos do conhecimento, amplia horizontes e se estabelece como uma plataforma permanente de valorização da memória, da biodiversidade e das comunidades da floresta, contribuindo para o diálogo sobre desenvolvimento sustentável e conservação ambiental.
A Comissão Curatorial é formada por especialistas de diferentes áreas, entre elas: a antropóloga, fotógrafa, cineasta e pesquisadora indígena Francy Baniwa; a ecóloga da Embrapa Amazônia Oriental, Joice Ferreira; e a arqueóloga do Museu Paraense Emílio Goeldi, Helena Lima. Suas visões complementares orientam o desenho e a programação do museu, reforçando seu caráter coletivo e inclusivo.
Com essa inauguração, Belém passa a contar com um espaço de projeção global da Amazônia, que reúne ciência, cultura e participação social, reafirmando o papel central da região nos caminhos para o futuro sustentável do planeta.
02 de outubro de 2025
28 de setembro de 2025
26 de setembro de 2025