Pré-COP30 debate financiamento para o desenvolvimento sustentável de cidades brasileiras

No Fórum Pré-COP30: Cidades, em Brasília, CAF ressalta a importância da visão territorial integrada e dos projetos verdes como motores da transformação urbana sustentável.

17 de outubro de 2025

O painel “Financiamento para o desenvolvimento sustentável” contou com a participação do CAF, no dia 16 de outubro, em Brasília (DF), durante o Fórum Pré-COP30: Cidades. O evento reuniu gestores públicos, organismos multilaterais, parlamentares e representantes da sociedade civil para discutir os desafios das cidades brasileiras na promoção do desenvolvimento sustentável e no enfrentamento à emergência climática.

Organizado pelo Instituto Cidades Sustentáveis, o Fórum teve como parceiros a Caixa Econômica Federal, a Secretaria-Geral da Presidência da República e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, com cofinanciamento da União Europeia e apoio institucional da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) e da Estratégia ODS.

Durante o painel, o executivo principal para Projetos de Infraestrutura Urbana, Água e Saneamento da Representação da CAF no Brasil, Paulo Rodrigues, apresentou a visão do banco sobre o financiamento climático a municípios, abordando tanto as limitações quanto as oportunidades no contexto atual.

Rodrigues destacou que o apoio aos governos subnacionais requer uma abordagem multissetorial e territorial, capaz de integrar diferentes dimensões do desenvolvimento urbano. “A visão do CAF não é setorial isolada, mas integral, sobre todo o território. Trabalhamos com foco nas necessidades do cliente, com projetos que contribuam efetivamente para o desenvolvimento sustentável das cidades”, afirmou.

No painel, foi destacado que o CAF se posiciona como o Banco Verde da América Latina e do Caribe. Esse posicionamento foi reforçado pelo destaque à importância das ações verdes nos programas e projetos e pela existência de metas institucionais do CAF associadas ao tema, além de possíveis vantagens em financiamentos para operações que cumpram com os critérios da taxonomia institucional estabelecida pelo CAF para operações verdes. Ainda, foram apresentados os principais aspectos a serem observados pelos municípios quanto ao acesso ao financiamento externo, como a elegibilidade segundo os critérios do Governo Federal, a capacidade institucional para preparação e execução de projetos e o conhecimento técnico sobre as agendas verdes.

Entre as oportunidades e temas emergentes, Rodrigues mencionou que, além das pautas tradicionais demandadas pelos municípios, como saneamento, drenagem, mobilidade, educação e saúde, entre outras, o CAF vem trabalhando em novas agendas específicas, relacionadas a Economias Criativas e Culturais, habitação e resíduos sólidos, reforçando o compromisso do banco com a inovação e a sustentabilidade.

De acordo com o executivo, entre os principais desafios que as instituições multilaterais enfrentarão no futuro está a compreensão das necessidades e demandas dos governos subnacionais, permitindo-lhes planejar seus territórios e transformar ideias em projetos sustentáveis e financiáveis. Uma vez que existam projetos financiáveis, a inovação financeira é necessária para ampliar o acesso ao crédito e gerar valor por meio do fortalecimento dos governos subnacionais.

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