Colômbia quer liderar a sustentabilidade do café

29 de setembro de 2023

O presidente-executivo do CAF, Sergio Díaz-Granados, participou do X Seminário Internacional Conexiones Caribe, onde destacou a importância do setor cafeeiro na construção de sociedades resilientes e inovadoras, assim como para cumprir a Agenda 2030.

O presidente-executivo do CAF - banco de desenvolvimento da América Latina e do Caribe -, Sergio Díaz-Granados, destacou no X Seminário Internacional Conexiones Caribe, realizado em Santa Marta, Colômbia, a importância do setor cafeeiro na construção de sociedades resilientes e inovadoras, bem como para cumprir a Agenda 2030. 

O alto impacto do setor cafeeiro na região do Caribe colombiano é fundamental para mitigar problemáticas de desigualdades por falta de oportunidades, principalmente no mundo rural, pois contribui para o crescimento econômico sem deixar de lado os modelos produtivos sustentáveis. "Uma das grandes preocupações que temos pela América Latina e pelo Caribe é a baixa produtividade da região e o fraco crescimento econômico, e isso também se conecta com o mundo cafeeiro, porque há discussões constantes sobre produtividade, sobre como aumentar a produção por hectare ou como gerar melhores rendimentos", afirmou Díaz-Granados.

O presidente-executivo do CAF identificou alguns desafios do setor nos efeitos das mudanças climáticas, por exemplo, em relação aos polinizadores como as abelhas, fundamentais para a produção no setor agropecuário desde o México até a Argentina, pois esse capital natural é fundamental reconhecê-lo para ter uma adaptação ótima à crise climática. Recentemente, o CAF publicou o Relatório de Economia e Desenvolvimento para encontrar ações e medidas resilientes a esses fenômenos, aterrissado em um modelo de crescimento na região.    Os planos de sustentabilidade do café na Colômbia do CAF são baseados nos seguintes âmbitos:  (1) agricultura digital e serviços climáticos para a modernização de serviços de extensão agropecuária; (2) melhoramento genético, técnicas de manejo de culturas e outras opções tecnológicas; e (3) negócios a partir de sistemas inovadores e inclusivos.

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Na Colômbia, trabalhou-se com o Fundo Verde do Clima, o governo colombiano e o Centro de Agricultura Tropical em cadeias produtivas piloto como o arroz, que agora será implementado na produção de café, impactando diretamente na segurança alimentar, por meio da inovação para o cultivo de diferentes produtos agrícolas. A inteligência artificial é uma das ferramentas para conhecer os prognósticos agroclimáticos e tomar medidas preventivas para mitigar os riscos possíveis no plantio dos alimentos nos diferentes solos. Também o impacto que tem o manejo das culturas com soluções tecnológicas para diminuir as emissões de carbono em meio aos processos produtivos; o que envolve diretamente os modelos de negócios inclusivos, com outras cadeias produtivas modernizadas.

Este é o projeto que o CAF tem impulsionado como piloto a nível mundial, com o compromisso de modernização agrícola, o qual está em fase de formulação e implementação, espera-se que seja realizado em janeiro de 2024, para impulsionar o desenvolvimento da ALC, iniciando o piloto com três países, Brasil, Colômbia e Costa Rica.Esta edição do seminário internacional foi realizada com a cooperação técnica fornecida pelo CAF, a partir do Escritório País Colômbia, para promover e impulsionar a produtividade nas regiões, graças às condições que o departamento de Magdalena possui, suas características geográficas e climáticas. A produção de café nesta área do país tem sido considerada como o sustento de mais de 5.000 famílias, incluindo comunidades camponesas, indígenas e afrodescendentes, em 4 municípios que são: Ciénaga, Santa Marta, Fundación e Aracataca.