CAF fecha 2021 com USD 13,2 bilhões em aprovações para o desenvolvimento da América Latina e do Caribe

30 de dezembro de 2021

Durante 2021, o CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- ofereceu respostas ágeis para mitigar os impactos do complexo ambiente global. A quantidade total de operações, somada à recente capitalização da instituição de USD 7 bilhões aprovada pelo Conselho de Administração, coloca o órgão multilateral como um dos atores mais proeminentes no desenvolvimento regional.

CAF fecha 2021 com USD 13,2 bilhões em aprovações

Ao longo de 2021, o CAF aprovou um total de USD 13,2 bilhões para financiar iniciativas de desenvolvimento em países da América Latina e do Caribe. O impacto dessas aprovações se traduz, por exemplo, no fato de que mais de 2,5 milhões de pessoas terão novas ou melhoradas conexões de água potável e/ou esgoto; serão construídos aproximadamente 500 km de redes de esgoto; mais de 1 milhão de pessoas serão beneficiadas com projetos de redução da vulnerabilidade climática.

Um total de 29% das aprovações (USD 3,795 bilhões) foi alocado para responder à crise gerada pela Covid-19, incluindo a atenção à emergência sanitária e o apoio à consolidação fiscal, aspecto significativamente afetado pela crise de saúde. Outros 26,9% dos empréstimos (USD 3,555 bilhões) foram destinados à reativação econômica, especialmente em infraestruturas de energia, transporte e telecomunicações. Adicionalmente, por meio do setor produtivo e financeiro, foram aprovados USD 5,856 bilhões para entidades públicas e privadas, assim como investimentos patrimoniais e participações em fundos de investimento. Em 2021, o CAF Asset Management, o gestor de fundos de capital privado de dívida para financiar infraestrutura, reforçou sua presença na região com USD 1,5 bilhão em ativos sob gestão e, até 2026, planeja atuar em 10 países membros do CAF. Também em 2021, o Conselho de Administração do CAF aprovou por consenso a maior capitalização da história da instituição, por USD 7 bilhões, o que lhe permitirá dobrar sua carteira até 2030. Os novos recursos apoiarão a reativação econômica nos países acionistas e contribuirão para consolidar a organização multilateral como o banco verde da América Latina e do Caribe. “A atuação do CAF neste ano complexo tem sido um importante apoio para que os países da região possam superar a crise socioeconômica gerada pela pandemia. Olhando para o futuro, continuaremos apostando nos consensos para enfrentar as questões-chave da região, como as mudanças climáticas, a digitalização, o aumento da produtividade, a integração, o maior papel do setor privado e a redução das desigualdades”, disse Sergio Díaz-Granados, presidente-executivo do CAF. Do ponto de vista institucional, Díaz-Granados assumiu a presidência do CAF em setembro de 2021 com o objetivo de transformar a instituição no banco verde e de reativação da América Latina e do Caribe, atribuindo-lhe também a função de promover o desenvolvimento de infraestruturas sustentáveis e resilientes, apoiar o setor privado a aumentar o emprego formal, promover políticas de equidade de gênero, inclusão e diversidade, e promover a digitalização dos países da região. Quanto à proposta ambiental, o CAF apresentou na COP26 em Glasgow as principais linhas de ação para se tornar o banco verde da América Latina e para apoiar os países da região em seus compromissos de conservação ambiental, preservação dos ecossistemas naturais e transição energética. Durante a cúpula, o órgão anunciou que durante os próximos cinco anos mobilizará USD 25 bilhões para promover o crescimento verde na região. Isso significa que sua carteira verde passará de 24% em 2020 para 40% em 2026.