5 chaves para alcançar cidades saudáveis

02 de dezembro de 2022

Um guia publicado pelo CAF apresenta uma série de ações para promover cidades saudáveis que contribuam para o bem-estar dos cidadãos por meio de melhorias na qualidade da habitação, redução do ruído, qualidade da luz e do ar, coesão social, laços comunitários e interações sociais, entre outros. O guia também defende o desenvolvimento urbano baseado na coordenação intersetorial para promover a saúde da população, especialmente dos mais vulneráveis.

O rápido processo de urbanização vivenciado nas últimas décadas na América Latina e no Caribe ofereceu novas oportunidades para milhões de pessoas, mas também trouxe sérios problemas, causados, principalmente, pela ausência de planejamento urbano adequado e fornecimento inadequado de infraestrutura e serviços de habitação.

Diante da necessidade de promover uma vida mais saudável e espaços urbanos ordenados, que favoreçam o bem-estar e as interações sociais, o CAF -banco de desenvolvimento da América Latina- publicou o Guia para Cidades Mais Saudáveis, que contém marcos conceituais, recomendações e exemplos práticos para alcançar uma vida mais saudável nas cidades, com base no trabalho conjunto entre a agenda de planejamento urbano e saúde, de acordo com as melhores práticas disponíveis internacionalmente.

De acordo com a publicação, é preciso definir ou construir uma cidade mais saudável requer políticas públicas que favoreçam o acesso ao ar puro, livre de ruídos irritantes e com infraestrutura adequada, que proporcionem condições ambientais e sanitárias básicas e seguras e que estimulem a atividade física, recreativa e assistencial, fundamental para a promoção da saúde física e mental da população.

Nesse sentido, o guia destaca cinco princípios para que as cidades sejam mais saudáveis:

  1. Garantir e preservar a qualidade do suporte natural.
  2. Fornecer infraestrutura eficiente e equitativa.
  3. Promover e estimular a atividade física.
  4. Facilitar o acesso a alimentos saudáveis.
  5. Proporcionar acesso equitativo e universal aos serviços de saúde.

“Nas cidades, podem surgir soluções para enfrentar conflitos ambientais, sociais ou econômicos graças ao contato próximo com a população. Nesse sentido, os governos locais têm um papel fundamental a desempenhar na promoção de espaços urbanos inclusivos, resilientes e seguros e na promoção de uma visão de cidade baseada no cuidado de seus habitantes”, afirma Christian Asinelli, vice-presidente corporativo de Programação Estratégica do CAF.

O guia identifica, entre as práticas mais contemporâneas reconhecidas por sua efetividade, projetos e ações que dizem respeito, especificamente a: patrimônio ambiental urbano; ferramentas para o planejamento do solo; importância da concepção de formas urbanas e de projetos de qualidade em geral; todas as ações para dotar as cidades de espaços públicos e espaços verdes de qualidade (públicos e privados); e mudança na concepção da mobilidade de pessoas e mercadorias, em vez da circulação de veículos.

A publicação também recomenda que o planejamento urbano seja abrangente, favorecendo o crescimento econômico e a inclusão social, e que sejam implementadas políticas que promovam o acesso à saúde e incorporem as necessidades de toda a população, não como um conjunto homogêneo de pessoas, mas por meio do reconhecimento de suas diferenças.