CAF e Bolívia assinam contrato de crédito de US$ 250 milhões para a primeira autoestrada do país, La Paz-Oruro

(La Paz, 19 de outubro de 2009). O CAF e o Estado Plurinacional da Bolívia assinaram hoje um contrato de crédito de US$ 250 milhões para financiar 80% do custo de construção da rodovia La Paz-Oruro, montante que será complementado com recursos de contraparte das prefeituras de ambos os departamentos e outras fontes. O objetivo dessa operação é aumentar a capacidade de serviço da estrada e melhorar as condições atuais de transitabilidade e segurança. A entidade executora da obra será a Administradora Boliviana de Carreteras (ABC).

A assinatura do contrato foi realizada no Palácio do Governo com a presença do presidente da Bolívia, Evo Morales; do ministro do Planejamento para o Desenvolvimento, Noel Aguirre; do presidente-executivo da ABC, Luís Sánchez Gómez; do diretor-representante do CAF na Bolívia, Emilio Uquillas; e de outras autoridades convidadas.

Em setembro, quando o CAF oficializou a aprovação do crédito, o presidente-executivo do organismo multilateral, Enrique García, destacou os benefícios diretos do projeto, tais como o impulso da economia nacional e o progresso social das comunidades vizinhas à rodovia, redução dos custos de transporte devido à melhoria dos tempos de traslado e redução da taxa de acidentes, que nos últimos anos tem aumentado significativamente devido à pouca largura da estrada.

O projeto

Atualmente, a estrada de 204 quilômetros de comprimento conta com uma largura total de 7 metros. O projeto estabelece que, dependendo da topografia do terreno ao longo do trajeto, a construção de uma via paralela à existente será alternada com a extensão da estrada atual (par rodoviário), aproveitando a mesma plataforma. Dessa forma, haverá uma pista dupla com duas pistas em cada direção ao longo de toda a estrada. Estima-se que, no médio e no longo prazos, a pista dupla não só permitirá uma melhor conectividade dentro do país, mas também facilitará o desenvolvimento produtivo na área de influência, promoverá o progresso social das comunidades vizinhas, favorecendo a criação de novos centros de produção e, consequentemente, novas fontes de emprego. A este respeito, nas condições da operação, a agência executora implementará um programa de atenção e promoção a favor das comunidades afetadas pelo projeto.

Além disso, a obra desenvolverá os corredores de comércio exterior com os países vizinhos, especificamente, por meio da consolidação do corredor leste-oeste, que permite o acesso aos portos do Pacífico localizados no Chile e no Peru, assim como com aqueles localizados na costa Atlântica, no Brasil.

Para o CAF, a operação aprovada promoverá a integração produtiva, social e econômica nos âmbitos nacional e regional, levando, em última instância, a uma melhoria da plataforma logística para alcançar uma complementaridade adequada com os países da região.